É curioso notar como, no Brasil, há uma diferença brutal entre o que se considera abuso sexual com meninas e com meninos. Um adulto transar com um adolescente é, a princípio, condenável sempre. Se for um homem de 27 anos com um garota de 16, a reação de indignação é imediata. Agora, se for uma mulher de 27 com um rapazote de 16, aí ninguém fala nada. Na verdade, o caso nem é descrito desta forma. Será sempre o moleque que se deu bem pra cima de uma moça mais velha. Ele será sempre apontado como o garanhão jovial que enlouquece até as mais coroas.
A diferença de tratamento fica ainda mais clara quando se olha para o relato de Rafael Ilha sobre o relacionamento “picante” que teve com a atriz Cristiana Oliveira. O cenário era esse. Ela, 27. Ele, 16. A diferença de idade era uma questão, mas jamais se levantou a possibilidade de aquilo ser uma conduta criminosa, imoral ou errada. Era só mais um galã mirim fazendo o que os carinhas bonitinhos sabem fazer: traçando uma mulher mais velha como um troféu, uma grande conquista.
Em sua biografia recém-lançada (Rafael Ilha – As Pedras Do Meu Caminho), o ex-Polegar conta detalhes do namoro e de como o apelo sexual era o principal motor do relacionamento.
– Ela morria de tesão mim. Eu estava com uns 16, 17 anos, no auge da minha sexualidade, era muito bem dotado (risos) e ainda gostava da coisa! Dá para imaginar o que a gente vivia, né? Me envolvi completamente.
Seja como for, não deixa de ser uma mulher adulta com um adolescente. Ficou tudo por isso mesmo. Se fosse o contrário, será que não teriam acusado o homem de abuso sexual?
The Cristiana Oliveira e Rafael Ilha: foi abuso sexual? Blog da DB.
Fonte: Blog da DB